quinta-feira, 27 de novembro de 2014

UM PADRE SUPOSTAMENTE REVOLUCIONÁRIO


1 Camilo Torres – Testemunho e Profecia Luigi Bordin Doutor em Filosofia. Professor Associado do IFICS-UFRJ. luigibord@uol.com.br “Um católico, um padre católico, não pode ser expec tador inerte de um sistema social que nega à maioria a possibilidade de comer, vestir e t er casa[...]. Próprio por ser colombiano, católico e padre, não posso não ser revolucionário” (Camilo Torres) Jesus foi o maior revolucionário da história, pois derrubou o Império Romano que dominou o ocidente por mais de 1000 anos. O império do mal ruiu sobre as catacumbas de Roma, por onde cristãos se escondiam e se reuniam e assim podiam professar a sua fé em o nosso senhor Jesus Cristo, o filho do homem, O império do mal foi derrotado pela filosofia pacífica, altruísta e racional, pois Amor foi e sempre será superior a qualquer força ou sentimento. Perece o corpo as idéias de Jesus para sempre permanecerá. Dos esgotos insalubres e refúgios de cristão que eram perseguidos e assassinados pelo império do mal, ou melhor, o império romano, como a luz e sol sempre sucede a escuridão, suas idéias ressurgem ao nascer de cada dia, no coração de todos os verdadeiros e praticantes de sua superior e eterna filosofia: O amor.

domingo, 23 de novembro de 2014

CIVILIZAÇÃO E BARBARIE.


CIVILIZAÇÃO OU BARBARIE? A primeira civilização surgiu por volta de quatro mil anos a.C, mais precisamente na Mesopotâmia e tinha entre suas principais cidades-estado as mais antigas cidades que já ouvimos falar: Mesopotâmia, Ur, Uruk e Ledush eram algumas das principais, cidades estas que já podemos chamá-las de cidades-estado, pois possuíam uma organização de um governo teocrático e possuindo um código lei e conduta criando assim o conceito do homem civilizado, pois estava ligado diretamente a um Estado organizado possuindo cidades construídas para ser o centro de todas as atividades econômicas da região. Estes centros da antiga urbanidade possuíam palácios, prédios e casas e suas ruas eram calçadas de pedra e seus prédios monumentais. Um importante historiador da Grécia antiga e também chamado de pai da História, nosso mestre Heródoto, ao chegar a terras da antiga Babilônia e se deparar com monumentais edifícios e complexas construções, avançadas por demais para aquela época e por nunca ter visto nada igual por todas as cidades da Grécia, teve uma enorme surpresa ao se deparar com os famosos e quase mitológicos: “Os Jardins Suspensos da antiga Babilônia”, uma concepção de cidade flutuante que futurística, pois ocupava um grande espaço geográfico entre os dois maiores rios da região, os Rios Tigre e Eufrates que durante seu período de cheia, inundava as margens da cidade e seus campos, mas sem inundar ou alagar a cidade e seus magníficos jardins. O espaço urbano foi projetado e construído para evitar para a invasão das e a destruição da cidade. Mas deixemos de divagações históricas e agora iremos ao cerne da questão principal: Qual é a origem histórica para os conceitos de civilização e barbárie? Nossa história e escrita se originaram na Europa ocidental mais precisamente na antiga Grécia. Onde há mais de dois mil anos a.C as cidades gregas e também seu povo, formados pelos Dórios, Jônicos e Helênicos, mas que tinha na escrita e no idioma uma só origem, uma grande migração de povos indo europeus. A Grécia em sua antiguidade organizava-se em cidades estados, unidades políticas autônomas e independentes umas das outras. Atenas, Esparta, Tebas, Creta e a cidade de Tróia era algumas das muitos que existiam, mas entre todas estas se destacavam as cidades estados de Atenas e Esparta, rivais por características próprias pela competição para a hegemonia de toda a Grécia. Atenas caracterizou-se pelo governo emócrático e seu forte poder comercial e Esparta por seu Estado militarizado e sua produção agrícola com e regras rígidas de conduta e uma forte oligarquia agrária. O cidadão ateniense foi preparado para o exercício da política e o exercício direto da cidadania participando das decisões do governo e integrando uma sociedade de cidadãos que tinham na Assembléia e no exercício da política a sua principal forma de fazer valer todo o seu conhecimento. A partir de uma questão de um jovem grego de origem macedônica, Alexandre a seu mestre e preceptor Aristóteles, irei hoje questionar as ações de nossa grande Roma moderna para poder entender a Guerra na Síria e suas ações beligerantes. Assim perguntou o jovem aluno ao seu mestre e preceptor: “Mestre os Persas são bárbaros? “Aristóteles assim respondeu: Sim, pois são regidos predominantemente pelo instinto e suas emoções e nós gregos e civilizados temos na lógica e na razão, a fonte e princípio maior de todas as nossas ações e decisões. Hoje em tempos modernos e em pleno século XXI ainda agimos e pensamos como os antigos, pois nosso grande e maior império econômico age com a lógica do capital criando suas guerras ocupações militar sob a mentira de estar combatendo a barbárie e em nome de uma falsa e mentirosa democracia. E assim crianças, velhos, mulheres, jovens e inocentes continuam a cada sendo assassinados para combater uma barbárie fomentada por eles próprios. E por mais que me digam e fale sobre a necessidade da Guerra eu sempre irei dizer que nenhum ou qualquer argumento ou instrumento de persuasão irá me convencer do que eu já sei: A Paz sempre e será a melhor e a mais inteligente opção e sinceramente acredito neste solução. Profº Marcos Aurélio

ZUMBI SOMOS NÓS!


ZUMBI SOMOS NÓS! Desde os tempos de menino na escola, aprendemos a história oficial. Uma mentira contada pelas classes dominantes em que o povo sempre tem papel secundário isso quando quase sempre nunca aparece como participante e realizador de sua história. O objetivo desta falácia oficial é nos fazer crer em falsos heróis e estórias da carochinha. O movimento romântico do século XIX no Brasil e no mundo, na sua vertente histórica foi criado para forjar uma identidade nacional e, portanto o ensino de História por aqui em terras tupiniquins idealizou a três etnias formadoras de nossa identidade social e enraizou em nossos corações e mentes um estereótipo pra cada uma deles: o índio, forte, rebelde e guerreiro e que por essa razão nunca escravizado, o negro escravizado, martirizado e passivo diante de sua cruel condição de animal de carga, forte e boçal como uma mula e o português, heróico e desbravador bandeirante que foi o responsável pela civilização destas terras. Identidades e características criadas e divulgadas oficialmente nos livros de história. Para essa interpretação do Estado e com objetivos claros a, história real foi manipula e invertida com propósitos maquiavélicos, nos fazer acreditar na incapacidade, cordialidade e bestialização do povo brasileiro. A figura de Zumbi dos Palmares foi resgatada nos anos 70 por movimentos de luta por igualdade racial e o MNU (Movimento Negro Unificado), propôs uma inversão da história e dos valores, pois nosso herói pela libertação dos negros e escravos já não era branco, loiro e de olhos azuis, como nossa Redentora a Princesa Isabel, mas sim um negro quilombola, guerreiro e uma figura quase mítica de seu povo, pois Ogum um antigo ancestral e orixá africano passara a ser um personagem de carne e osso e na história de Palmares e na luta pela libertação do seu povo, negro e escravo, deveria não só ser ensinado nas escolas, mas também termos em nosso calendário nacional e no panteão de nossos heróis , um herói legítimo e que tinha a nossa cor e também a nossa cara. Por isso estou aqui escrevendo para saudar o povo de Zambi e seu maior libertador e herói: “Zumbi dos Palmares” e reafirmar que sua luta pela liberdade do seu povo não foi em vão e que cabe a cada um de nós dar a continuidade de sua idéia: O negro no Brasil, só será verdadeiramente livre e alcançará a plena e legítima cidadania, através de sua luta por direitos iguais a todos e por justiça social. “Então por isso reafirmo: Zumbi somos todos nós” Profº Marcos Aurélio

Novamente Rousseau


Sempre em que me encontro em momentos difíceis da vida, procuro recorrer a minha memória e também a filosofia. A memória e as nossas experiências ao longo dos muitos anos vividos, no meu caso esse muito longo de existência já chegou ao meio século, e a partir de nosso arquivo histórico que são as nossas lembranças, podemos refletir sobre as várias vezes em que em nossas vidas passaram por momentos semelhantes ou até piores do que o de agora e de qual forma foi que eu consegui sair resolver os problemas que acho ser o maior de todos. E assim dessa maneira eu posso buscar no passado uma solução para o tempo presente. A filosofia hoje me auxilia a superar com consciência e paciência e sempre buscando um método para a superação dos problemas e também de mim mesmo. Um livro que sempre recorro para organizar minhas idéias quando a vida às vezes nos coloca em uma sinuca, é: “Cândido e ou Otimismo” de Voltaire, um clássico da literatura filosófica que influenciou muitos pensadores. Nesta novela de Voltaire, um personagem desta história que se não me engano agora e não me falha a memória é o Monsieur Pangloss, mas é Cândido, o protagonista da história. Pangloss sempre o aconselha a procurar por em prática os seus sábios pensamentos que lhe ensinara ao logo de toda a sua vida como seu mestre e preceptor, eis um destes: “Quando eu me encontrar em situações difíceis e que inclusive possa colocar a minha vida em risco, devo refletir sobre a situação em que me encontro lembrar-se de situações muito piores as quais já passei e procurar lembrar de que maneira eu consegui superar e destruir esta Quimera” “A razão é uma visão mais do que otimista do mundo, e pensando assim criou um novo conceito filosófico,”: O Melhorismo! uma visão mais racional do que o simples otimismo, pois com ele eu posso pensar e agir sobre este novo e eficaz conceito de vida: “Em qualquer circunstância ou momento por mais difícil e doloroso que este possa me parecer, devo e sempre pensar que consigo melhorar-lo e superá-lo, pois seja qual for o problema ou a enrascada que a vida às vezes nos apresenta através de uma desagradável surpresa, A Razão e a lógica aliadas ambas a uma concepção positiva e otimista do mundo é uma infalível solução para quase tudo e somente um problema ou quem sabe a solução, ainda não conseguimos adiar e impedir a sua chegada, a Morte! Mas o meu grande mestre e filósofo Pangloss conseguiu até a ela vencer. E se quiser saber como Cândido e o grande filósofo Pangloss conseguiram até a morte superar basta desligar a sua televisão e ler esse grande livro que pode ser baixado em PDF. Eu recomendo e boa leitura! Profº Marcos Aurélio

DEVANEIOS DE UM ANDARILHO SOLITÁRIO


Lembro-me deste dia perfeitamente.
Era uma tarde chuvosa de 1985 em São Paulo. Aquelas tardes quando falta bom e delicioso macarrão da mama, pois nem a grana para a condução eu tinha e mais uma vez teria passar fome no CRUSPÂO de então, pois nem o bendito e salvador bandejão eu tinha. Morava-nos 107 do Bloco C, eu, André Ceccato da Ead e o Vicentão negão da História e tínhamos o orgulho de termos como vizinho do 108 o grande livreiro e garimpeiro de todos os sebos de Sampa, magrinho , mano nosso, o Fabinho. Comida não tinha, mas cachaça e poesia sempre e às vezes ambas em um só livro e por acaso este tal caiu em minha mão, um livro velho e da antiga editora portuguesa, a tal da Estampa e se não me engano o nome e o autor, este livrinho mudou a minha vida. “Devaneios de um andarilho solitário” de Jean Jacques Rousseau. A fome era tanta que só um bom e salvador livro espanta a danada, isto se tomar muita água, rs e o devorei este como se fosse o melhor de todos os manjares ou um macio e apetitoso pão, que por acaso era francês. E a minha digestão de idéias e devaneios, foi tamanha que comecei a sonhar acordado e passei a caminhar por entre ruas arborizadas e floridas, mas quase sempre desertas. O medo e a ditadura militar ainda dominavam e impunham pela força e pela Rota o silêncio compulsório no campus da USP. Rousseau escreveu esse livro quase no final de sua vida e vivia em um tempo de total decadência, ostracismo e esquecimento e andava como uma nau sem rumo pelas ruas lotadas e congestionadas de Paris pós 1789. O período do Terror se aproximava e havia cheiro de sangue e medo no ar. A imagem que ele mesmo relatou neste livro autobiográfico e por demais poético deste momento derradeiro de sua vida, é a seguinte: “Chronos o antigo deus grego que representava o tempo, era para Rousseau a própria Revolução Francesa, do qual ele uma dia fora uma das principais figuras revolucionárias, mas que no mento em que escrevia este seu último livro, escrito este a partir de devaneios em passeios pelas ruas agitadas de Paris. Rousseau estava em profundo estado de depressão e fingia fugir de si mesmo, mas e o Tempo, deus cruel e implacável para seus filhos, devorava-os um a um e ele estava a intuir que sua hora estava por chegar. Leiam este grande e poético livro de filosofia daquele que para mim foi o maior de sua época. JEAN JACQUES ROUSSEAU DEVANEIOS DE UM ANDARILHO SOLITÁRIO Profº Marcos Aurélio

sábado, 22 de novembro de 2014

A ARTE DO GRAFITE


A ARTE DO GRAFITE Na história da humanidade, temos notícias de grafites que foram realizados na Roma antiga, quase há mil anos antes de Cristo. Nos banheiros públicos da cidade de Pompéia foram encontrados grafites que seria no seu conceito, imagens, em muros, paredes e principalmente espaços públicos. Nos EUA nos anos 70 surgiu um movimento de rua, principalmente em bairros de negros, Harlem ou Bronx e nos guetos de Nova Iorque como um movimento chamado de Hip Hop, que englobava a dança de rua o Break, o ritmo musical o Rap que significa a aglutinação das palavras: Rithm (ritmo) e Poesy (poesia). No Brasil o grafite embora influenciado inicialmente pela estética norte americana do grafite, adquirimos como diziam os poetas e escritores modernistas, por nos originarmos de índio com hábitos de antropofagia, como verdadeiros Macunaímas, transmutamos e criamos uma própria identidade e estética a partir da fagocitação e literalmente após comermos o caraíba e toda a sua cultura, criamos uma nossa própria e o brasileiro daqui em outrora terras Tupiniquins, hoje é considerado um dos melhores do mundo. A arte burguesa e elitista que segrega socialmente a cultura e a informação em seus museus e palácios cai por terra, ou melhor, por muros naquilo a que arte do Grafite vem nos ensinar. No México em plena revolução Mexicana de 1910, surgem artistas como Diego Rivera que propõe uma arte revolucionária e fora dos museus ou galerias, os muralistas. O contexto histórico era outro e o estilo e linguagem também, mas o princípio fundamental de popularizar a arte ao povo que nunca teria oportunidade e principalmente dinheiro para visitar os museus e galerias de uma elite e aristocracia mexicana que esta sendo questionada e principalmente destituída do poder através de uma revolução tal qual se deu no México de 1910. Hoje em pleno século XXI e no ano de 2013 a proposta pensada inicialmente nos banheiros de Pompéia, retomada e conceitualizada e sendo inclusive um forte instrumento para a efetivação da Revolução Mexicana, nas ruas de São Paulo, nas quebradas e favelas das periferias e neste sábado agora a partir das nove horas da manhã, iremos realizar na EMEF Brasil-Japão, situada na rua Dr. De Paulo Carvalho, 94- Jardim Sarah- Rio Pequeno- telefone 3768-2097, iremos resgatar um pouco de tudo isso e iremos antecipar a comemoração da semana da consciência negra com um grande vento de grafitagem nos muros da escola com a participação de doze grandes artistas de Rua de São Paulo, dos alunos, professores e aberta a toda a comunidade. A arte retornando a ser um forte instrumento de Educação e politização de uma coletividade e tendo os muros da escola como espelho desta grande mobilização e valorização da escola pública, do ensinar através de projetos pedagógicos e oficinas de arte e música. Neste ano de 2013, iremos realizar o quinto evento do Projeto Grafite no BJ, e convidamos a todos da comunidade de grafiteiros que são a nata dos artistas que tem nas ruas suas galerias. Os doze artistas selecionados que irão receber seus kits, contendo quatro latinhas de sprays de cores diferentes e todo o material necessário e principalmente, liberdade de expressão e atuação desta grande e nobre arte que ó Grafite. Os feras selecionados são: LISTA DE GRAFITEIROS A PARTICIPAREM DO EVENTO BJ 2013 1-https://www.facebook.com/ivo.ferreira.5477- IZU 2-https://www.facebook.com/ivan.oliveira.3954- IVAN 3-https://www.facebook.com/edson.noronha.5- KRUST ART 4-https://www.facebook.com/magrela.mag?fref=ts- MAG Magrela 5- https://www.facebook.com/LEGALZO- LEGALZO ODSEMPRE 6- https://www.facebook.com/gleison.lins.7 - GLEISON LINS 7-https://www.facebook.com/diego.kupske?ref=ts&fref=ts DIEGO KUPSKE- DIEGO KUPSKE 8-https://www.facebook.com/gilberto.martins.7 Fao Beto- Fao Beto 9- https://www.facebook.com/felipe.iskor- Felipe- Iskor 10- https://www.facebook.com/mike.mk.733 11- https://www.facebook.com/bruno.mitsuferreira ..... BRUNO MITSUO FERREIRA 12-https://www.facebook.com/eduardo.pereiradasilva.1238?ref=ts&fref=ts ..... EDUARDO PEREIRA DA SILVA- EDTWO ART URBANA Parabéns pelo trabalho. Espero você no evento do BJ Professores coordenadores do projeto: Profº Marcos Aurélio- professor POIE da EMEF Brasil-Japão E o profº de educação artística Marcos Maurício Autran. Todos que queiram presenciar e quem sabe até participarem, podem me contatar pelo e-mail: aureliorochadasilva@yahoo.com.br ou pelo próprio Facebook:

Cidade Patriarca- I


Quando vem chegando o fim de ano e se aproxima o natal eu me lembro sempre daqueles bons tempos de criança. Minha cidade hoje uma metrópole era ao menos onde morava, Cidade Patriarca, Zona Leste, um pedaço do interior a 30 quilômetros do centro. Ruas de terra, e sem iluminação ou esgoto, mas um quintal enorme e cheio de arvores e até um galinheiro. O céu da cidade era um manto de estrelas e antes de dormir contava as estrelas cadentes, que caiam ou levavam nossos sonhos. Éramos felizes sem saber.